segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Recursos Imagéticos no Arquétipo de Liberdade em Redes Sociais

Oi para todos!

Publiquei no Linkedin, e quis compartilhar por aqui também.

Este é um resumo de um anteprojeto que escrevi, para falar sobre a vida "paralela e perfeita" que as pessoas criam nas redes. Com o uso de imagens trabalhadas ou mesmo fantasiosas, estão deixando de verdadeiramente viver, para apresentar uma vida - na maioria das vezes, "perfeita" - que só existe no mundo das redes sociais. Muitos perderam a gentileza, empatia, capacidade de pensar por sí, autoconfiança, entre outros atributos. Acho o compartilhamento válido. O intuito é gerar reflexão real, passando a viver fora do mundo imaginário e pensando formas de utilizar as redes de maneira mais humanizada, saudável e gentil...O mundo anda doente... e nos tornamos avatares de um mundo perfeito, criado nas redes.

Para determinar a escolha do tema (Recursos imagéticos no arquétipo de liberdade em redes sociais), foi necessária uma observação analítica e constante de perfis e algoritmos trabalhados em diferentes redes sociais, além da pesquisa realizada sobre temas envolvendo subjetividade, aprisionamento “voluntário”, narcisismo, egocentrismo, relacionamentos, solidão, busca por reconhecimento e liberdade (aqui representado em um sentido utópico, de acordo com a visão dos filósofos Nietzsche e Spinoza).

Do período rupestre aos dias atuais, é perceptível como o ser humano sempre buscou e continua em busca de liberdade (em variados aspectos), relacionamentos, reconhecimento e satisfação, através da necessidade de sentir-se amado, pertencente e valorizado dentro de um grupo social. A dinâmica para isso tomou outras dimensões e particularidades no momento em que a tecnologia avançou e apresentou outras formas de convivência, conhecimento e liberdade...liberdade esta, vista aqui como o poder de tudo fazer e dizer, sem quaisquer bases sólidas (seja no aprendizado teórico ou vivências pessoais). E, através das mídias sociais, é nítido perceber como se refez a dinâmica de relacionamentos, inspirados numa busca do saber sobre a forma como os sujeitos se relacionam em uma sociedade, hoje quase que exclusivamente, movida pela tecnologia, onde a busca por relacionamentos se dá por via das redes sociais, escancarando a necessidade do pertencimento em uma rede de pessoas que entre si possuem o mesmo objetivo: de sentir-se intenso, único, brilhante, bem sucedido, amado e feliz, escondendo por muitas vezes seu sentimento de insignificância diante da sociedade a qual faz parte.

Nessa busca incessante por satisfação e prazer através da internet, surge a necessidade de saber como em uma sociedade cada vez mais tecnológica, essa influência pode interferir na formação da subjetividade do indivíduo, uma vez que este se molda nas redes, com o propósito de gerar e sentir prazer, eliminando seu verdadeiro “Eu” e abrindo espaço para um isolamento e vazio subjetivo. O indivíduo se utiliza de imagens que causam bem estar, para apresentar uma liberdade ilusória, o tornando prisioneiro do seu próprio ego, seguindo padrões e opiniões de uma maioria nem sempre lúcida, muitas vezes não sendo capaz de discorrer sobre assuntos mais complexos, e que exigem um pensamento mais analítico.

Em busca de liberdade e aceitação, e com a força da internet, a sociedade contemporânea, moldada pela enorme importância das redes sociais, deu visibilidade e voz a todos que, na atualidade têm grande facilidade de acesso às redes, utilizando-a por vezes, de maneira totalmente irresponsável, gerando também uma nova sociedade adoecida e narcisista. Esta facilidade de acesso, banalizou temas importantes e padronizou sujeitos, através da criação de perfis por vezes manipulados para agradar e atrair outros com mesmo perfil ou interesses.

É possível exemplificar citando como exemplo o Instagram, onde comumente percebe-se que muitas das pessoas ali representadas vivem uma eterna necessidade de elogios, onde “curtir” imagens e receber “curtidas” proporciona satisfação e notoriedade, tornando essas mesmas pessoas, que até então procuravam por liberdade, em escravas e prisioneiras da rede digital ou mesmo de seu próprio ego. Isso faz com que muitas vezes, percam o discernimento do que é realmente certo do que é errado. Ou ainda favorece a criação de grupos que, graças às empresas criadoras dessas redes (ainda que não sejam responsáveis pelos debates), acaba por catalisar e aprofundar conflitos já existentes, que antes não repercutiam com a mesma facilidade e rapidez, dividindo grupos que no aspecto físico e direto, talvez não se manifestariam com a mesma facilidade, visto que não teriam uma tela por onde ‘se esconder’.

Este texto é parte de um artigo que escrevi e achei interessante compartilhar por aqui por se tratar de um tema super atual. O intuito é gerar reflexão e quem sabe, um debate saudável onde possa ser possível a criação de um projeto ou mesmo proposta de solução para que o uso da internet e das redes sociais passe a ser um pouco mais humanizado e menos fantasioso e agressivo. Sei que posso acabar entrando na armadilha do ego, da forma como cito acima, mas corro o risco para saber se consigo tocar 
verdadeiramente  o coração e a mente das pessoas. Caso haja interesse em ler o artigo completo, estou a disposição.

Agradeço a leitura.

#empatia #redessociais #tecnologia #liberdade #avatar



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