O IMPORTANTE É SER VOCÊ, MESMO QUE SEJA ESTRANHO

E eu aqui novamente...para reforçar que o importante é ser você! Assim como na música da Pitty. 

Hoje em dia fala-se muito em inteligência emocional e autoconhecimento...saúde mental...empatia...resiliência...

Fala-se muito em gostar de sí como se é ... sem intervenções.

Fala-se em combater o racismo, lutar pelo feminismo, ser contra homofobia, xenofobia, gordofobia, entre outras ações de cunho preconceituoso...

Às vezes sinto como se fôssemos alcançar um “mundo perfeito”... ou como se as pessoas agissem assim agora para chegar nessa perfeição ilusória...

Mas o que é a perfeição?? Quem é perfeito? 

Não existe – em minha opinião – e ninguém é! Senão não precisaríamos nem nascer, pois não seria necessário nenhum tipo de aprendizado.

Temos toda e qualquer tipo de informação “tudojuntoaomesmotempo”, “otempotodoagorajá” e não absorvemos verdadeiramente quase nada. Nem ‘coragem’ para ler grandes textos as pessoas têm mais, porque têm preguiça, porque leva tempo, porque ‘não interessa’ (mesmo sem se atentar ao assunto) ... porque é tudo líquido, volúvel, rápido. O que realmente se faz para ter um mundo melhor? O que realmente se faz para combater o que não é bom? O que realmente se faz ou como se faz para alcançar conhecimento e entender que cada pessoa tem sua experiência de vida, suas vivências, seu tempo, seus erros, seus acertos e sua visão pessoal do que vê? 

Muitos talvez precisem errar para que em algum momento consigam acertar... porque a vida é isso: é cair para aprender a levantar; é conhecer a dor para valorizar o amor; é chorar para depois gargalhar...é passar por grandes ondas para chegar a um mar de calmaria...

As pessoas cobram por coisas que nem elas mesmas fazem. Não adianta cobrar o que quer que seja, se você não faz sua parte mínima, que é o respeito à individualidade de cada um. Só entendendo o que é respeito e gratidão, é possível melhorar algo. Impor, apontar, julgar, ofender...nada disso edifica, nada disso ajuda, nada disso inspira e muito menos nada disso traz resultados puros, verdadeiros e reais.

Ser bom diante de “câmeras” para ganhar aplausos, fazer o que é certo somente quando tem alguém observando, é tão errado quanto não fazer nada em momento nenhum. Por que não é real, não é sincero e muito menos honesto.

Não é necessário holofotes para fazer o bem; não é necessário um presente ou um tapinha nas costas para inflar o ego. É necessário sim pessoas reais, verdadeiras, sinceras, que tenham um forte impulso no coração em ajudar, acolher e criar um ambiente harmonioso onde estiverem. 

Reconhecimento, óbvio, sempre é ótimo e bem-vindo...mas não deve ser a fonte propulsora ou razão principal em se fazer o bem. Nossas atitudes devem ser corretas e voltadas ao bem a todo instante.

Às vezes me sinto realmente “fora da caixa”, embora também cometa alguns pecados capitais. No caso das mulheres, fala-se tanto em aceitação, mas ao mesmo tempo existe uma ‘massificação da beleza’ que parece ser um padrão a ser seguido: cílios, unhas, lábios, sobrancelhas, seios, bunda, barriga chapada...tudo falso, artificial, mas que iguala todas em um único padrão ... 

Ser realmente como se é virou raridade na atualidade. Exige coragem, exige resiliência!

E isso vem do conhecimento de quem se é, de entender suas origens, saber de onde veio e para onde se pretende seguir, o que se pretende alcançar ... usar do autoconhecimento.  E isso não é tão fácil quanto parece.

Mas com autoconhecimento, aprende-se a usar da empatia, entendendo que pessoas são iguais em suas diferenças, e a cada um cabe apenas respeitar...porque nem sempre será possível conseguir – verdadeiramente - se colocar no lugar do outro, justamente por cada pessoa ser única (com suas vivências, valores e cultura). 

A mente chega a ser traiçoeira, e ter noção de quem se é, do que nos cerca e faz bem, cuidando integralmente de nossa vida (física, mental, social e espiritual) é o caminho para realmente ter saúde mental. Pense nisso.

Você se cuida de verdade? Ou é apenas uma ‘vitrine viva’, um ‘manequim’ de carne e osso, que tenta mostrar o que não é, apenas para sentir-se bem e alimentar o ego? O ego aprisiona, cega e maltrata.

Pense...  e se possível, mude! Sendo você, para você, inspirando e ajudando a melhorar o mundo! “Ser de verdade” às vezes assusta, mas sua saúde integral agradece!